Diálogo #8

X: Você sumiu...

Y: Na verdade eu tenho te evitado.

X: Existe um bom motivo para fazer assim?

Y: Motivos existem, mas vindo de você não pode ser bom.

X: Parece que você não se lembra dos bons momentos.

Y: Você sempre foi uma pessoa desgraçada!

X: Como tem coragem de dizer isto?

Y: Você supostamente perdeu toda a graça que parecia ter. É impossível fingir tanto tempo quando a sua carne grita!

Diálogo #7

X: Eu sempre pensei que você me amava... 

Y: E Eu sempre duvidei de nós.

X: Sempre mesmo?

Y: Sim, mas sempre quis me equivocar.

X: Meu objetivo nunca foi te surpreender

Y: Você falhou o tempo todo.

X: Sério?

Y: Sim... Suas palavras são tão líquidas...

X: Eu sempre quis mudar.

Y: Por sempre querer ser assim, você será sempre a mesma.

X: Você julga saber tudo!

Y: Nada! Eu só sei de você!

X: Apenas eu sei de mim!

Y: Lembre-se , nós sabemos sobre aquilo que pensamos muito. Você foi egoísta e eu perdi meu tempo.

Diálogo #6

X: Bem que as coisas poderiam voltar a ser como eram antes...

Y: Concordo

X: Nada me impede de lutar por isso. Algo te impede?

Y: A impossibilidade disto nos impede.

X: Você parece ter concordado da boca pra fora...

Y: Não. Apenas entenda que nenhum momento se repete.

X: Quer dizer que ficaremos nesta situação ingrata para sempre ?

Y: Quero dizer que existe algo totalmente novo para viver.

Ensaio #2

Quando tudo que você pensou que faria falta caso você perdesse se faz ausente, você percebe todo o engano no qual sua mente se meteu ao subestimar o próprio ser. A própria presença é capaz de garantir o bem estar e a ausência de alguém específico não é o decreto da ruína interior do ser.

Às vezes caímos na armadilha de nos subestimar achando que nossa presença não irá fazer falta ao outro e que nós iremos sofrer sozinhos, mas na maioria dos casos alguém se doa mais e quem tem maior prejuízo é quem vê que falta a maior parcela de algo, neste caso, aquele que se doou bastante faz mais falta. Caso todo seu ser não faça falta para alguém, significa que seu valor não era tão alto para determinado indivíduo.

Ensaio #1

Todos nós somos mais que o nosso cabelo, nossas tatuagens, roupas ,adereços e etc... Aquilo que expressamos grita nosso caráter para os outros enquanto o corpo é uma mera expressão simbólica ajustada pelos nossos gostos e particularidades.

A mente que faz o corpo , é impossível que algo como tecido,tinta, metal ou tesoura influencie mais você  do que aquilo que você. Se não acredita na fé do outro por conta das coisas que enxerga nele como você diz ter fé em algo que não vê e apenas sente? Sinta o outro!

Diálogo #5

X: Você pensa em mim? 

Y: Eu não sei...

X: Como assim?

Y: Eu não sei se é você que permeia minha mente.

X: Como consegue duvidar?

Y: Você mudou.

Diálogo #4

Y: Eu não faço falta, eu sei... 

X: Eu penso da mesma forma.

Y: Como assim?

X: Sinto que eu não faço falta também.

Y: É verdade.

X: Não imaginei que fosse concordar...

Y: Eu não discordo dos seus sentimentos.

X: Eu sinto falta da sua presença.

Y: Eu gostaria de dizer o mesmo, mas você nunca esteve aqui.

Diálogo #3

Y: Você parou de mentir para mim.

X: Eu nunca te enganei!

Y: Não quer acreditar em mim?

X: Nem tudo que você fala é verdade!

Y: Eu não sei te iludir.

X: E pelo visto eu sei...

Y: Você mentia com suas atitudes!

X: Parece que não consegue encontrar erros em si mesmo, não é?

Y: Por que?

X: Você insiste em me acusar.

Y: Você não entendeu meu bem. Sinto falta das suas mentiras.

X: Como sente falta de algo que não viveu?

Y: Realmente de nós dois juntos, mas não é disso que estamos falando...

X: Você me confunde! Eu quero saber quando foi que eu menti para você?

Y: Sempre!

X: Sempre quando?

Y: Sempre que se despedia e mesmo assim continuava comigo.

Diálogo #2

X: Você não tem mais coração.

Y: Eu sei...

X: Isso não te incomoda?

Y: De forma alguma.

X: Por que?

Y: Metade dele está em boas mãos.

X: Você precisa usar a metade que restou.

Y: Ela não serve de nada...

X: Eu não te entendo...

Y: Entende sim. Somos iguais.

X: Iguais? Em que sentido?

Y: Não temos um coração inteiro.

X: Você precisa ficar bem.

Y: Como vou fazer isso com o peito incompleto?

X: Com o que você completa o seu coração?

Y: Com suas mãos.

X: Mas tudo que tenho é a metade do meu.

Y: ...

Diálogo #1

X: Não nos falamos há muito tempo...

Y: Eu sinto sua falta.

X: Como tem sido para você? Difícil também?

Y: Não... Foi fácil até!

X: Eu não te entendo...

Y: Nem eu me entendo!

X: Eu sempre pensei que doeria mais em você.

Y: Quando realizamos algo difícil significa que encontramos um método fácil. 

X: Você fala como se eu estivesse fugindo sem motivo algum.

Y: Exato!

X: Você que encarou isso com naturalidade! Hipócrita! Como foi tão fácil?

Y: Eu sei sofrer.